Autor de trilhas sonoras que marcaram a história do cinema, Ennio Morricone morreu hoje, em Roma, aos 91 anos.
Ele foi responsável pela composição e arranjo de mais de 500 músicas para filmes e séries de televisão.
Morricone estava internado em uma clínica da capital italiana, onde foi hospitalizado após uma queda que levou à fratura de um fêmur. Ele “morreu na madrugada do dia 6 de julho, no conforto da fé”, segundo um comunicado do advogado e amigo da família Giorgio Assuma, citado pela imprensa italiana.
Morricone ganhou notoriedade internacional com trilhas dos chamados “faroestes italianos”, principalmente dirigidos por Sergio Leone, como “Por um Punhado de Dólares” (1964), “Por uns Dólares a Mais” (1965), “Era uma Vez no Oeste” (1968) e “Uma Vez na América” (1984), entre outros.
Em 2016 venceu o Oscar, pela trilha sonora do filme “Os Oito Odiados”, de Quentin Tarantino. Em 2007 já havia recebido um Oscar honorário por sua abundante e elogiada carreira na música.
Morricone também compôs a trilha de “Bastardos Inglórios”, de 2009, de Tarantino.
Uma de suas faixas, “The Ecstasy of Gold”, ficou conhecida de outro público, o do heavy metal, por ser a música que abre os shows do Metallica – a banda fez uma versão para ela, misturando orquestra e som pesado, no álbum “S&M”.
Há apenas alguns dias Morricone foi premiado, ao lado do também compositor John Williams, com o prêmio Princesa das Astúrias das Artes na Espanha.
Por ironia, o prêmio mais famoso da indústria cinematográfica, o Oscar, foi o último a reconhecer com uma estatueta toda a sua contribuição. Em 2016, ele conquistou o prêmio que faltava pela trilha sonora do filme “Os Oito Odiados”, mais uma de suas parcerias com o diretor norte-americano Quentin Tarantino.
Ao receber a estatueta, o italiano não teve dúvidas a quem agradecer: sua esposa, Maria Travia. “Dediquei o Oscar a minha mulher Maria porque ela teve muita paciência para suportar a minha ausência. Fui muito absorvido pela profissão e a distância da família ocorreu nos anos mais intensos da minha carreira. Não era completamente ausente, isso não, mas perdi alguns momentos da vida dos meus filhos. Mas, minha mulher estava lá, sempre esteve e por isso dedico o Oscar a ela”, disse o emocionado maestro.
O Oscar pela trilha sonora finalmente chegou na sexta indicação. Ele também ganhou uma estrela na Calçada da Fama.
A primeira vez que concorreu ao prêmio foi em 1979, com “Cinzas no Paraíso”. Já em 1986, ele concorreu como favorito pelo filme “A Missão”, mas perdeu a disputa. Um ano depois, também não levou a estatueta pelo trabalho em “Os Intocáveis”. Em 1992, concorreu por “Bugsy” e nove anos depois disputou com o filme “Malenà”, do diretor italiano Giuseppe Tornatore.
Mesmo sem ter conquistado a estatueta, Morricone foi homenageado pelo “conjunto da obra” em 2007 e recebeu um prêmio honorário da Academia. De Tarantino, o músico já ouviu diversos elogios que o colocam no hall dos grandes da história.
Estava internado em uma clínica da capital italiana, onde foi hospitalizado após uma queda que levou à fratura de um fêmur. Ele “morreu na madrugada do dia 6 de julho, no conforto da fé”, segundo um comunicado do advogado e amigo da família Giorgio Assuma, citado pela imprensa italiana.
Morricone ganhou notoriedade internacional com trilhas dos chamados “faroestes italianos”, principalmente dirigidos por Sergio Leone, como “Por um Punhado de Dólares” (1964), “Por uns Dólares a Mais” (1965), “Era uma Vez no Oeste” (1968) e “Uma Vez na América” (1984), entre outros.
Em 2016 venceu o Oscar, pela trilha sonora do filme “Os Oito Odiados”, de Quentin Tarantino. Em 2007 já havia recebido um Oscar honorário por sua abundante e elogiada carreira na música.
Morricone também compôs a trilha de “Bastardos Inglórios”, de 2009, de Tarantino.
Uma de suas faixas, “The Ecstasy of Gold”, ficou conhecida de outro público, o do heavy metal, por ser a música que abre os shows do Metallica – a banda fez uma versão para ela, misturando orquestra e som pesado, no álbum “S&M”.
Há apenas alguns dias Morricone foi premiado, ao lado do também compositor John Williams, com o prêmio Princesa das Astúrias das Artes na Espanha.
Morricone era casado com Maria Travia desde 1956. Ele deixa três filhos e uma filha.
O reconhecimento do Oscar
Por ironia, o prêmio mais famoso da indústria cinematográfica, o Oscar, foi o último a reconhecer com uma estatueta toda a sua contribuição. Em 2016, ele conquistou o prêmio que faltava pela trilha sonora do filme “Os Oito Odiados”, mais uma de suas parcerias com o diretor norte-americano Quentin Tarantino.
Ao receber a estatueta, o italiano não teve dúvidas a quem agradecer: sua esposa, Maria Travia. “Dediquei o Oscar a minha mulher Maria porque ela teve muita paciência para suportar a minha ausência. Fui muito absorvido pela profissão e a distância da família ocorreu nos anos mais intensos da minha carreira. Não era completamente ausente, isso não, mas perdi alguns momentos da vida dos meus filhos. Mas, minha mulher estava lá, sempre esteve e por isso dedico o Oscar a ela”, disse o emocionado maestro.
A primeira vez que concorreu ao prêmio foi em 1979, com “Cinzas no Paraíso”. Já em 1986, ele concorreu como favorito pelo filme “A Missão”, mas perdeu a disputa. Um ano depois, também não levou a estatueta pelo trabalho em “Os Intocáveis”. Em 1992, concorreu por “Bugsy” e nove anos depois disputou com o filme “Malenà”, do diretor italiano Giuseppe Tornatore.
Mesmo sem ter conquistado a estatueta, Morricone foi homenageado pelo “conjunto da obra” em 2007 e recebeu um prêmio honorário da Academia. De Tarantino, o músico já ouviu diversos elogios que o colocam no hall dos grandes da história.
Nascido em Roma no dia 10 de novembro de 1928, o maestro criou composições para filmes, peças de teatro, televisão e rádio, além de fazer concertos com orquestras ao redor do mundo.
Estudou no Conservatório Santa Cecília, de Roma, onde se formou no trompete. Apesar de começar a compor trilhas sonoras ainda em 1946, foi na década de 1950 que sua carreira começou a decolar, levando para o mundo da sétima arte em 1961, no filme “Il Federale”, de Luciano Salce. A partir de então, centenas de grandes películas contaram com a destreza e as músicas do compositor.
Morricone também já fez apresentações para o papa Francisco. Ao relatar sua grande capacidade de trabalhar com o cinema, o diretor explicou que gosta de ter liberdade.
Veja as trilhas mais famosas do italiano:
1964: “Por um Punhado de Dólares” de Sergio Leone
1965: “Por uns Dólares a Mais” de Sergio Leone
1966: “Três Homens em Conflito” de Sergio Leone
1966: “A Batalha de Argel” de Gillo Pontecorvo
1968: “Teorema” de Pier Paolo Pasolini
1968: “Era uma Vez no Oeste” de Sergio Leone
1969: “Os Sicilianos” de Henri Verneuil
1970: “O Pássaro das Plumas de Cristal” de Dario Argento
1971: “Quando Explode a Vingança” de Sergio Leone
1971: “Decameron” de Pier Paolo Pasolini
1971: “A Classe Operária vai para o Paraíso” de Elio Petri
1971: “Sacco e Vanzetti” de Guiliano Montaldo
1974: “Medo sobre a Cidade” de Henri Verneuil
1975: “Saló ou os 120 Dias de Sodoma” de Pier Paolo Pasolini
1976: “1900” de Bernardo Bertolucci
1978: “Cinzas no Paraíso” de Terrence Malick
1978: “A Gaiola das Loucas” de Edouard Molinaro
1981: “O Profissional” de Georges Lautner
1984: “Era uma Vez na América” de Sergio Leone
1986: “A Missão” de Roland Joffé
1987: “Os Intocáveis” de Brian de Palma
1987: “Busca Fenética” de Roman Polanski
1989: “Cinema Paradiso” de Giuseppe Tornatore
1989: “Ata-me!” de Pedro Almodóvar
1989: “Pecados de Guerra” de Brian de Palma
1991: “Bugsy” de Barry Levinson
1992: “A Cidade da Esperança” de Roland Joffé
1998: “A Lenda do Pianista do Mar” de Giuseppe Tornatore
2000: “Vatel, um Banquete para o Rei” de Roland Joffé
2000: “Missão: Marte” de Brian de Palma
2015: “Os Oito Odiados” de Quentin Tarantino da Saúde, Roberto Speranza.
Nascido em Roma no dia 10 de novembro de 1928, o maestro criou composições para filmes, peças de teatro, televisão e rádio, além de fazer concertos com orquestras ao redor do mundo.