Cineasta Beto Brant é homenageado no 12º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo

Cineasta Beto Brant é homenageado no 12º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo

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O cineasta paulista Beto Brant é o grande homenageado 12º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que acontece de 26 de julho a 2 de agosto, em diversas salas da capital paulista e em Campinas. Além de seus premiados longas-metragens, como “Os Matadores”, “O Invasor” e “Crime Delicado”, o evento promove a pré-estreia mundial de dois novos filmes do realizador: “Zócalo”, e “Ilú Obá De Min – Homenagem a Elza Soares, a Pérola Negra”.

“Ilú Obá De Min – Homenagem a Elza Soares, a Pérola Negra” (2017) acompanha o desfile do bloco Ilú Obá De Min em homenagem à cantora Elza Soares – a grande rainha do samba, mulher negra que, com uma história de batalhas, alegrias, tristezas, renascimentos e superações, traz sua vida como inspiração, não apenas para mulheres, mas para a música e toda sociedade brasileira.

O bloco adentra as ruas do centro da cidade de São Paulo exaltando a cultura afro-brasileira e preservando o patrimônio imaterial, ocupando o espaço urbano com as danças e os cantos em yorubá dos terreiros de Candomblé e de diversas manifestações da cultura negra. Para o diretor Brant, o cortejo “é uma grande ópera popular de rua, comandada pela força dos tambores e proliferando a cultura das nossas antigas tradições africanas. ”O Ilú Obá De Min traz mulheres como linha de frente e da retaguarda, com o intuito de ter a participação ativa feminina na sociedade, empoderando-as através da educação, cultura e arte negra.

Já “Zócalo” (2017) direção de Carol Quintanilha e produção de Beto Brant. Focaliza o espetáculo em oferenda ao Dia dos Mortos, no Zócalo, no centro da Cidade do México, comandado pelo neólogo Felipe Ehrenberg (1943–2017). Ator no filme “Crime Delicado”, presente na Homenagem Beto Brant, Ehrenberg foi artista plástico, fundador da publicação lengendária Beau Geste Press/Livro ação livre, colaborador de Fluxus e sempre manteve um espaço para conceber oferendas não-tradicionais, em Chicago, Montevidéu, Nova Deli e São Paulo, entre outras cidades. A proposta para o evento documentado no filme foi a de voltar à origem da festa íntima, do ciclo de vida e morte, da colheita e origem.

Na programação estão também curtas-metragens do diretor de rara circulação. Como é o caso de “Manifesto Makumbacyber” (2012), um registro de espetáculo multimídia, concebido pela atriz, cantora e poetisa Elisa Lucinda, e de “Kreuko” (2011, codireção de Cisco Vasques), episódio do longa-metragem “Mundo Invisível”, produzido para a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no qual o protagonista decide que vai deixar a loucura tomar conta de si durante uma seção de quimioterapia e começa a narrar versões pervertidas das cenas de peças de William Shakespeare.

Em “Apocalipstick, Dias Finais” (2014), acompanhamos os dias finais da preparação para a exposição de Felipe Ehrenberg que ocorreu na galeria Baró, em São Paulo. Em meio a conversas, destaca-se o relato emocional de sua experiência durante os acontecimentos decorrentes do terremoto ocorrido no México em 1985.

Completam a programação oito longas-metragens de Beto Brant. “Os Matadores” (1997), sua estreia no formato, tem no elenco Chico Diaz, Murílio Benício, Wolney Assis e Maria Padilha. Sobre os conflitos entre dois matadores da divisa do Brasil e o Paraguai, a obra foi premiada no Festival de Gramado.

“Ação Entre Amigos” (1998) se passa 25 anos após o fim da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), quando quatro ex-guerrilheiros se reúnem para justiçar o homem que os torturou na década de 1970. Com Leonardo Villar, Helio Lahal e Zécarlos Machado no elenco, a produção foi premiada no Festival Internacional de Chicago.

Grande vencedor da competição latino-americana do prestigioso Sundance Festival, “O Invasor” (2002) focaliza um matador de aluguel contratado por donos de uma empreiteira para eliminar um terceiro sócio. O filme traz o músico Paulo Miklos no papel-título, acompanhado no elenco por Marco Ricca, Alexandre Borges, Mariana Ximenes e Malu Mader.

“Crime Delicado” (2005), vencedor da Première Brasil do Festival do Rio, apresenta uma modelo brasileira (vivida por Lilian Taublib), desinibida e atraente, que é portadora de deficiência física e se envolve com um pintor mais velho (Felipe Ehrenberg), causando ciúmes em um respeitado crítico de teatro (Marco Ricca), a quem acusa de agressão sexual.

Codirigido com Renato Cisca, “Cão Sem Dono” (2007) foi e leito melhor filme no festival Cine PE e revelou nacionalmente os atores Júlio Andrade e Tainá Müller. Baseado em livro de Daniel Galera, narra o encontro entre um jovem desmotivado e uma aspirante a modelo, bela e cheia de planos e sonhos.

Protagonizado por Marina Previato e Gustavo Machado, contando com participação de Gero Camilo, “A Amor Segundo B. Schianberg” (2009) utiliza a experimentação interativa com o espectador para vivenciar a construção do amor na convivência entre uma videoartista e um ator durante três semanas num apartamento. Nele, tudo pode ser encenação – ou não.

“Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios” (2011) conta também com codireção de Renato Ciasca e traz a atriz Camila Pitanga vivendo uma bela mulher do interior do Pará tornada o centro de um triângulo amoroso, que inclui um fotógrafo paulista e um pastor. Eleito como o melhor filme brasileiro na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, a obra conquistou ainda o prêmio de melhor atriz no Festival do Rio.

Dirigido por Beto Brant e pela atriz Camila Pitanga, “Pitanga” (2016) investiga o percurso estético, político e existencial de Antônio Pitanga. Ele foi ator de destaque em alguns dos momentos de maior inquietação artística do cinema brasileiro, tendo sido dirigido por nomes como Glauber Rocha, Cacá Diegues e Walter Lima Jr. Entre seus diversos trabalhos para a televisão, estão novelas como “O Rei do Gado e “O Clone”.
Um encontro reúne Beto Brant com Renato Ciasca e o escritor e roteirista Marçal Aquino, seus colaboradores em diversos dos filmes em exibição.

sobre o festival

O 12º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo reúne os destaques da produção mais recente feita na América Latina e no Caribe, incluindo vários títulos inéditos no Brasil. No total, são mais de 90 filmes, representando 18 países da região: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba Equador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Com curadoria assinada por Jurandir Müller e Francisco Cesar Filho, o evento é uma realização do Memorial da América Latina, da Secretaria de Estado da Cultura, e da Associação do Audiovisual. Uma iniciativa do Ministério da Cultura / Lei Federal de Incentivo à Cultura, o festival conta com patrocínio da Petrobras e da Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, sendo uma correalização do Instituto CPFL, Sesc São Paulo e Spcine.

Mais informações podem ser acessadas no website do festival www.festlatinosp.com.br/
e na fanpage oficial do evento – facebook.com/

 

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12º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo
http://www.festlatinosp.com.br/
https://www.facebook.com/festlatinosp
26 de julho a 2 de agosto de 2016
abertura: 26 de julho de 2016, quarta-feira, às 20h30, no Memorial da América Latina

locais: Memorial da América LatinaCinesesc, Cine Olido, Centro Cultural São Paulo e unidades do CEU

realização: Memorial da América Latina / Secretaria de Estado da Cultura e Associação do Audiovisual

iniciativa: Ministério da Cultura / Lei Federal de Incentivo à Cultura

patrocínio: Petrobras e Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

correalização: Instituto CPFL, Sesc São Paulo e Spcine.

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