O ator suíço Bruno Ganz morreu na madrugada deste sábado, 16/02/2019, em sua casa na cidade de Zurique, segundo a imprensa alemã.
Ele tinha 77 anos de idade.
Nascido em 1941, Ganz dedicou décadas de sua carreira ao teatro e passou a ser mais conhecido do grande público através do cinema, a partir dos anos 1970.
Ganz se notabilizou por estrelar nos palcos e no cinema, incluindo o papel do ditador nazista Adolf Hitler em “A Queda” (2004) e Fernando Girasole em “Amor e Tulipas” (2000).
Foi reconhecido como um dos maiores atores entre os países de língua alemã.
Ganz era um dos atores favoritos do cineasta Wim Wenders, que o dirigiu em filmes como O amigo americano (1977), Asas do desejo (1987) e Tão longe, tão perto (1993).
O ator também desempenhou papéis importantes em filmes de língua inglesa, como Sob o Domínio do Mal (2004), O Leitor (2008) e Os Meninos do Brasil (1978).
Recentemente, no teatro, Bruno Ganz interpretou Fausto, de Goethe, na adaptação de Peter Stein. No ano passado, ele chegou a aceitar um papel numa encenação da ópera “A flauta mágica”, de Mozart, mas, com a saúde debilitada, teve que deixar o projeto.
O ator morreu em Zurique, cercado de familiares. Seu último trabalho no cinema foi o papel de um personagem que remete à figura de Virgílio, da obra de Dante Alighieri, no filme de Lars von Trier “A Casa que Jack Construiu” (2018).
Em 1996, Ganz recebeu o prestigioso prêmio Iffland-Ring, tradicionalmente concedido aos melhores atores de teatro de língua alemã.