O quadro Vaso de Flores, de 1930, do pintor modernista Alberto da Veiga Guignard, foi arrematado por R$ 5,7 milhões na Bolsa de Arte, em São Paulo, tornando-se a obra mais cara de um brasileiro a ser vendida em um leilão, superando Superfície Modulada nº 4, de Lygia Clark, que foi arrematada em 2013 por R$ 5,3 milhões, também na Bolsa de Arte.
A obra foi disputada por cinco compradores e teve o lance inicial de R$ 4 milhões. Segundo Jones Bergamin, o dono da casa de leilões, se não fosse pela atual época de crise, a obra poderia ter alcançado até R$ 8 milhões.
Uma retrospectiva de Guignard está sendo exibida atualmente no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, fazendo com que o trabalho do artista esteja ainda mais em alta.
Apesar da queda dos preços dos modernistas diante da alta dos concretistas e neoconcretistas, o recorde de Guignard mostra que pode estar havendo uma mudança de rumos no mercado.
Milton Dacosta também conquistou um recorde no leilão. Sua tela “Construção sobre fundo negro” foi arrematada por R$ 5,2 milhões, um número ainda mais surpreendente se comparado ao seu recorde anterior, no ano passado, de R$ 494 mil. Mas a obra mais disputada da noite foi Le Peintre et Son Modèle, uma gravura de Picasso cujo lance inicial foi R$ 700 mil, porém foi vendida por R$ 1,7 milhão.