Tecnologias permitem que usuários acompanhem o andamento de empreendimentos e até tenham a experiência de conhecer sua futura casa por meio de simulações |
No processo de idealização de uma obra, as empresas envolvidas e os clientes têm a necessidade de visualizar como ficará o projeto final. Plantas e programas de computador auxiliam nas etapas de produção dos empreendimentos, mas para proporcionar um melhor realismo e aprofundamento, as tecnologias de realidade virtual e aumentada chegaram ao setor da construção civil. Conhecidas pelas suas aplicações em vídeo games, celulares e computadores, estas tecnologias permitem duas possibilidades: a inserção de informação real em ambiente digital ou de informação digital em um ambiente real. “A realidade virtual visa a imersão. O corpo da pessoa está no ambiente físico, mas a mente em uma realidade paralela. Isso acontece quando se utiliza os óculos 3D, por exemplo”, explica Amanda Gouveia, head de estratégia e desenvolvimento de negócios da empresa tecnológica Augmentecture. “Já a realidade aumentada traz os dados digitais para o mundo físico, por meio de smartphone ou tablet. Com ela, é possível interagir e manipular o modelo de um edifício imobiliário, inclusive visualizar a sua parte interna”. A realidade virtual pode ser aplicada para inovar no desenvolvimento, mas também na apresentação de projetos imobiliários. Entre seus pontos positivos estão o realismo, baixo custo, segurança das informações (pois são armazenadas na nuvem) e a possibilidade de utilizá-la sem internet. Por outro lado, pode não ser compatível com todo o público, devido a limitações de altura ou por questões médicas, além do alto custo dos dispositivos móveis.Já a realidade aumentada, além de colaborar com o desenvolvimento e a apresentação, também pode contribuir com a execução e compatibilização de projetos. Se antes os arquitetos costumavam fazer várias maquetes, hoje podem partir para um viés mais sustentável, com a economia desses materiais. Também é uma inovação fácil de ser utilizada, apresenta baixo custo, e é acessível ao público. Entretanto, não é 100% compatível com todos os softwares, depende de atualização e não funciona sem internet.Realidade virtual já substitui apartamentos decorados De olho no potencial do mercado de tecnologias digitais, a MRV Engenharia criou o projeto My Home Experience, que visa substituir os famosos apartamentos decorados por realidade virtual, rompendo um paradigma do mercado imobiliário.O projeto já foi implantado em pontos de venda de três cidades – Sertãozinho (SP), Jaraguá do Sul (SC) e Campo Grande (MS) – e deve chegar a mais 20 cidades. “No início, tínhamos o sentimento de que poderia haver uma barreira, porque o cliente sai do contato físico e vai para algo totalmente virtual. Mas está sendo surpreendente. As pessoas percebem que o ambiente é transportado para elas, participam daquele mundo efetivamente”, conta Henri Verge, gerente de marketing da MRV.Com essa tecnologia, os custos podem ser até três vezes menores em relação a um apartamento decorado, e a MRV consegue disponibilizar aos clientes mais de 800 combinações diferentes nas simulações dos apartamentos. Coletivo de empresas da construção debate uso tecnológicoCom a necessidade de desenvolver o cenário da construção civil, que ainda se depara com processos conservadores e artesanais, 32 empresas se uniram para compartilhar ideias e promover uma transformação digital no setor. Criado pelo engenheiro e consultor Roberto de Souza, o EnRedes utiliza cases, eventos, estações de trabalho e aplicativos para questionar o que pode ser feito em prol desta modernização.Na análise das tecnologias de realidade virtual e aumentada, o EnRedes definiu dois projetos: o uso da realidade aumentada para entregar o manual do proprietário e personalização de apartamentos modelo em 3D para alto padrão. O desenvolvimento destes projetos envolverá as empresas Augmentecture, Cyrela, Gaaz, IM Design, R Yazbek e Tarjab. |
Comics
Origem da moeda gigante da Batcaverna
Bill Finger e Bob Kane também tiveram uns tropeços. Um deles só é lembrado por ter sido responsável pela origem da famosa “moeda gigante” da Batcaverna