O ator e diretor Hugo Carvana, de 77 anos, morreu neste sábado, 04/10/2014. O ator estava internado desde o dia 28/09/2014, no Hospital Pró-cardíaco no Rio de Janeiro, devido a um câncer no pulmão que tinha desde 1996. Carvana chegou superar o câncer , mas há seis meses a doença voltou, além de conviver também com o mal de Parkinson há pelo menos cinco anos.
Nascido em 4 de junho de 1937 no RJ, Carvana ficou conhecido por personagens como o jornalista Waldomiro Pena, protagonista do seriado “Plantão de Polícia”.
Carioca do bairro de Lins de Vasconcelos, na zona norte da capital fluminense, Carvana era um autodidata que abandonou a escola para trabalhar como office-boy em um laboratório. Aos 18 anos, iniciou a carreira de ator interpretando chanchadas.
Atuou em mais de cem filmes e dirigiu nove, entre eles os premiados no Festival de Gramado “Vai Trabalhar Vagabundo” (1973), “Vai Trabalhar Vagabundo 2” (1991) e “Bar Esperança” (1983).
Entre 1973 e 2011, Carvana produziu oito filmes. Em 1973, no auge da ditadura, atuou e dirigiu a primeira comédia, “Vai Trabalhar Vagabundo”.
Como ator, trabalhou em mais de 30 novelas e 60 filmes, entre eles o clássico “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha.
Seus filmes mais recentes, todos de comédia, foram “Não se Preocupe, Nada Vai dar Certo”, com Gregório Duvivier, Tarcísio Meira e Mariana Rios, e “Casa da Mãe Joana” 1 e 2, com Juliana Paes, Malu Mader e José Wilker.
Das reuniões com grupos de esquerda organizados na resistência à ditadura militar, Carvana adquiriu consciência política, sendo atuante principalmente no movimento das “Diretas-Já”, entre 1984 e 1985. Foi presidente da Fundação de Artes do Rio de Janeiro, Funarj, durante o governo Leonel Brizola (1983-1987).
Carvana foi ator de muitas novelas e especiais de televisão. Na Globo, participou de novelas como “Gabriela” (1975), “Roda de Fogo” (1986), “Celebridade” (2003) e “Paraíso Tropical” (2007), além de minisséries como “As Noivas de Copacabana” (1992), “Engraçadinha… Seus Amores e Seus Pecados” (1995), “Chiquinha Gonzaga” (2003) e “JK” (2006).
O diretor estava em fase de pré-produção de um novo longa, que seria gravado no ano que vem. A comédia se passaria em um cruzamento de duas avenidas em Copacabana e teria Paulo Betti no elenco.