Com o lançamento dos tablets no mercado, e a redução de seu preço, uma mudança no universo da histórias em quadrinhos ganhou força, com a entrada no universo digital.
Em 2011 e 2012, o mercado de quadrinhos digitais apresentou taxa de crescimento de 300% em todo o mundo, segundo a “ICv2”, publicação americana que monitora o setor.
O segmento existe desde o final da década de 1990, mas mudou desde a chegada dos tablets.
Como o formato do aparelho é muito próximo ao de uma revista, a leitura das HQ’s digitais foi , em seguida, vem a tela, que realça cores (revistas físicas estão sujeitas a impressões ruins), permite leitura no escuro e tem funções como zoom.
Além disso, há a questão da conveniência. É mais fácil comprar e armazenar as publicações, já que um fã de quadrinhos não se contenta com uma ou duas revistas, comprando centenas, milhares. Isso sem contar a introdução de novos elementos, que mudam a experiência de ler gibis, como a leitura guiada (um quadrinho por vez) e a inclusão de som e animações.
O potencial de crescimento dos quadrinhos digitais atiçou a sanha infinita da Amazon de vender toda e qualquer coisa. No final de abril, a gigante abocanhou, por uma quantia não revelada, a Comixology, maior loja da internet do ramo.
No ano passado, foi o aplicativo de maior receita para iPad desconsiderando games (e 11º no ranking geral). Em quatro anos de existência, entregou 6 bilhões de páginas de quadrinhos aos leitores e, atualmente, comercializa mais de 50 mil títulos de 75 editoras diferentes.
Além dos números da loja, a Amazon deve ter levado em conta as previsões de vendas de tablets no mundo.
A consultoria Yankee Group calcula que 560 milhões de tablets serão vendidos no ano que vem –em 2017, espera 1 bilhão. Já o Gartner estima que o comércio de pranchetas superará o de PCs e notebooks até 2015.