Laranja Mecânica volta ao cinema em São Paulo

Laranja Mecânica volta ao cinema em São Paulo

A versão restaurada de um dos maiores clássicos do cinema, Laranja Mecânica, vai entrar em cartaz em São Paulo. A cópia que foi anteriormente exibida na Mostra de Cinema de São Paulo em 2011, será exibida a partir de 26 de abril no CineSESC.

A restauração do filme em digital 4K foi finalizada em 2011, em celebração dos 40 anos do filme, teve sua primeira exibição pública no Festival de Cannes naquele ano, circulou festivais e ganhou uma edição em Blu-ray.

O filme de 1971 de Stanley Kubrick, estrelado por Malcolm McDowell, adapta ao cinema o romance de 1962 de Anthony Burgess. Para os 50 anos do livro, a editora Aleph fez no Brasil um relançamento especial.

As sessões de Laranja Mecânica terão classsificação 16 anos. O CineSESC fica na Rua Augusta, 2.075.

Laranja Mecânica é um filme britânico de 1971, dirigido por Stanley Kubrick, adaptação do romance homônimo de 1962 do escritor inglês Anthony Burgess. Malcolm McDowell interpreta Alex, o protagonista.

Laranja Mecânica volta ao cinema em São Paulo

Laranja Mecânica tornou-se um clássico do cinema mundial e um dos filmes mais famosos e influentes de Kubrick. O orçamento total do filme foi de apenas 2,2 milhões de dólares.

A linguagem utilizada pelo personagem Alex foi inventada pelo escritor Anthony Burgess, que misturou palavras em inglês, russo e gírias.

Ambientado numa Inglaterra num futuro indeterminado, o filme mostra a vida de um jovem, chamado Alexander DeLarge, cujos gostos variam de música clássica (Beethoven), a estupro e ultraviolência. Ele é o líder de uma gang de arruaceiros, aos quais se refere como “druguis” (palavra originária do russo Drug – Друг; amigo). Alex narra a maioria do filme em “Nadsat”, um idioma que mistura o russo, o inglês e o cockney (por exemplo, rozzer é polícia, drugo é amigo, chavalco é homem, moloko é leite). Alex é irreverente e abusa dos demais; mente para seus pais para faltar na escola.

Alex leva seus droogs a invadir uma casa, golpeiam um escritor que vive nela e estupram a sua esposa, enquanto Alex canta Singin’ in the Rain. Depois, lida com uma tentativa de golpe de um seus droogs subordinados.

Depois de faltar às aulas, seduz a duas adolescentes em uma loja de discos; apesar de não reconhecer o nome de suas estrelas favoritas, este as leva para sua casa e tem relações sexuais com ambas.

Posteriormente, Alex é capturado durante um assalto, traído por seus droogs (um ao qual Alex tinha cortado a parte superior da mão direita por ter desrespeitado sua autoridade na gang). Alex é golpeado no rosto com uma garrafa de leite e fica cego temporariamente na cena do crime. Essa cegueira permitira sua captura. Depois de ser preso, descobre que a vítima do roubo morreu: Alex revela-se um assassino. É sentenciado a 14 anos de prisão.

Depois de ter cumprido dois anos de prisão, ele é liberado na condição de se submeter ao tratamento Ludovico, uma terapia experimental de aversão, desenvolvida pelo governo como estratégia para deter o crime na sociedade.

O tratamento consiste em presenciar formas extremas de violência sob a influência de um novo soro, como ver um filme muito violento. Alex é incapaz de parar de assistir, pois seus olhos estão presos por um par de ganchos. Também é drogado antes de ver os filmes, para que associe as ações violentas com a dor que estas lhe provocam.

O tratamento o torna incapaz de qualquer ato de violência (nem mesmo em defesa própria), bem como de tocar uma mulher nua. Como efeito secundário, também não consegue ouvir a 9ª Sinfonia de Beethoven — que era sua peça favorita.

Sem a capacidade de se defender, e de ter sido desalojado por seus pais (estes alugaram o seu quarto a um hóspede, entregado o seu aparelho de som entre outros pertences, e aparentemente mataram Basil, sua cobra de estimação), Alex deprimido, sentindo-se abandonado e desamparado, perambula pelas ruas de Londres. Ele encontra uma velha vítima – um idoso, morador de rua – e dois de seus antigos droogs (agora policiais) que o espancam e quase o matam afogado.

Alex vaga pelos bosques até chegar à casa do escritor cuja esposa havia estuprado. O escritor o deixa entrar antes de descobrir sua identidade; logo, droga a Alex através de uma garrafa de vinho que ele o faz beber e tenta fazê-lo se suicidar tocando uma versão eletrônica da Nona Sinfonia de Beethoven. Alex se joga de uma janela, mas sobrevive.

Depois de uma grande recuperação no hospital, Alex parece ser o de antes. No hospital, o Ministro de Interior (que havia antes selecionado Alex pessoalmente para o tratamento Ludovico) visita Alex, desculpando-se pelos efeitos do tratamento, dizendo que só seguia as recomendações de sua equipe.

O governo oferece a Alex um trabalho muito bem remunerado se ele aceitar apoiar a eleição do partido político conservador, cuja imagem pública se viu seriamente danificada pela tentativa de suicídio de Alex e o polêmico tratamento ao qual foi submetido.

Antecipando seu regresso, Alex narra o final do filme: “Definitivamente, estava curado” enquanto se vê uma fantasia surreal dele mesmo transando com uma mulher na neve, rodeado por damas e cavaleiros vitorianos aplaudindo, e pode-se escutar o último movimento da Nona Sinfonia ao fundo.

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