Editora Mantra lança edição expandida do Livro dos Mortos do Antigo Egito

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Com notas explicativas e comentários de E. A. Wallis Budge, livro reproduz o Papiro de Ani e reúne capítulos de outros escritos que melhoram a compreensão desses textos sagrados

ad6f19ccb825cc2451585ac6c8458f70 medium CinefreakAreligiosidade dos antigos egípcios ficou eternizada nas paredes de templos e túmulos, em linho e, sobretudo, nos rolos de papiro que compõem o Livro dos Mortos 

Resultado da reunião de textos de diferentes épocas e autores, o material era depositado junto às múmias de faraós, nobres e cidadãos comuns, refletindo a profunda relação do povo egípcio com a vida após a morte. Um dos exemplares mais completos e preservados dessa tradição — o papiro de Ani — integra a edição brasileira expandida e anotada de O livro dos mortos do Antigo Egito, publicada pela Editora Mantra. 

Traduzidos diretamente dos hieróglifos originais, os conteúdos são apresentados com a reprodução integral dos papiros e comentados pelo arqueólogo, egiptólogo, historiador e Doutor em Letras E. A. Wallis Budge. Suas notas explicam o papel central dos escritos mortuários: orientar a alma na travessia para o além, conduzindo-a ao encontro de Anúbis e Osíris, divindades associadas à morte e ao submundo. 

Como revelam os manuscritos, Ani foi um “escriba autêntico”, não honorário, e possivelmente copista de parte dos capítulos atribuídos a seu papiro. Embora sua datação exata seja impossível, estudos do Período Tebano preservados no Museu Britânico indicam que, na XVIII Dinastia, circulavam duas classes distintas de papiros do Livro dos Mortos, entre eles o de Ani. 

Os túmulos mais antigos descobertos no Egito provam que os egípcios primitivos davam destino a seus mortos em parte enterrando, em parte queimando, mas não há nenhum fundamento para supor que todos os mortos fossem enterrados e queimados, pois desde tempos imemoriais sempre foi o costume na África, e ainda é em muitas partes daquele continente, permitir que os corpos de todos, exceto reis, governadores, nobres e homens de alta posição, fossem devorados por animais selvagens ou consumidos pela miríade de insetos devoradores de carne que infestam o solo.
(O livro dos mortos do Antigo Egito, p. 18) 

A coletânea inclui ainda comentários do historiador sobre aspectos culturais, religiosos e mitológicos do Egito Antigo, além de listas de feitiços, orações, nomes de divindades e instruções depositadas por séculos nas câmaras funerárias. Responsável pela seção de antiguidades egípcias e assírias do Museu Britânico, Budge descobriu o papiro de Ani em escavações próximas a Luxor em 1888 e foi o responsável por identificar as seis múmias mais antigas já encontradas. 

Nesta edição, a Editora Mantra também reúne os textos introdutórios do egiptólogo, ampliando a compreensão do contexto histórico e espiritual que moldou essa obra monumental. Assim, o volume se torna indispensável tanto para leitores fascinados pelo misticismo e pela simbologia do Livro dos Mortos, quanto para estudiosos que buscam referências acadêmicas sobre um dos fenômenos sociais mais marcantes da civilização egípcia. 

Ficha técnica  

Título: O livro dos mortos do Antigo Egito – o papiro de Ani
Autoria: E. A. Wallis Budge
Editora: Mantra
Número de páginas: 400
ISBN: 978-6587173351
Dimensões: 23 x 3 x 16 cm
Preço: 97,90
Onde encontrar: Amazon 

 

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