Uma década de Facebook

Uma década de Facebook

Nascido basicamente como uma brincadeira de universitários, o Facebook completa uma década de existência nesta terça-feira, 04/02/2014, com mais de 1 bilhão de usuários e como uma rede social de sucesso.

Criado por Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Eduardo Saverin e Dustin Moskovitz, a rede social foi baseada no Facemash, idealizado por Zuckerberg em outubro de 2003 para que os estudantes de Harvard pudessem escolher as garotas do campus que fossem mais atraentes.

Curiosamente, o criador do Facebook não foi o primeiro a se registrar na rede social, mas sim o quarto, isso porque os três primeiros eram apenas usuários testes. Em seguida Dustin Moskovitz e Chris Hughes, co-fundadores da rede social, entraram no projeto.

Em janeiro de 2004, Zuckerberg criou o thefacebook, primeiro nome da rede social. Lançado em 4 de fevereiro, o site ganhou apenas em setembro o “mural”, que permitia aos usuários enviar mensagens aos amigos, e em dezembro do mesmo ano já havia conquistado 1 milhão de usuários. Nessa época ele era destinado apenas a universitários.

Uma década de Facebook

No final de 2005, o Facebook possibilitou que os usuários compartilhassem fotos e foi liberado para ser acessado em todo o mundo, mas apenas por estudantes. No dia 26 de setembro do ano seguinte, o Facebook permitiu que qualquer pessoa pudesse criar a sua conta, o que levou a rede social a alcançar 12 milhões de fãs. Em 2007, ano em que o Facebook liberou o compartilhamento de vídeos, 58 milhões de usuários já utilizavam a rede social. No ano seguinte, o Facebook continuou criou um chat, além de aplicativo para iPhone.

Em 2008, os gêmeos Winklevoss que alegavam serem os verdadeiros “pais” do Facebook chegaram a um acordo para pôr fim à disputa com Zuckerberg em troca de receber US$ 20 milhões em dinheiro e US$ 45 milhões em títulos da empresa. No entanto, logo em seguida, solicitaram a reabertura do caso por considerar que foram enganados. Em 2009, Zuckerberg adotou o botão “curtir” e, em março daquele ano, lançou o novo Facebook, com layout redesenhado e uma nova página. Em dezembro daquele ano, a rede social alcançou 360 milhões de usuários.

Em 2010, o FB lançou dois serviços que não caíram nas graças dos usuários: o Facebook Places, recurso que mostrava o local onde o usuário estava, e o Facebook Sponsored Stories, que permitia às empresas que patrocinavam o Facebook pegar os bons comentários feitos pelos usuários e utilizar como propagandas. No final daquele ano, 608 milhões de pessoas utilizavam o Facebook. Em 2011, com 845 milhões de usuário, a rede social teve papel importante na chamada “Primavera Árabe”, possibilitando a mobilização de pessoas em atos contra governos ditatoriais em diversos países no Oriente Médio e África.

Em maio de 2012, um dos maiores passos da empresa: a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). O preço dos papéis no dia do lançamento foi de US$ 38, chegando a atingir US$ 43,02 na primeira sessão. O Facebook precificou seu IPO no topo da faixa estimada, tornando-se a primeira empresa dos Estados Unidos a chegar à bolsa com um valor de mercado acima de US$ 100 bilhões. No final do ano, a rede social atingiu a marca de 1 bilhão de usuários.

Contudo, apesar do sucesso entre os usuários, o Facebook passou por dificuldades na bolsa, chegando a recuar 50% nos três primeiros meses de negociações, perdendo US$ 40 bilhões em valor de mercado. Após a turbulência, as ações se estabilizaram em julho de 2013, quando os papéis foram negociados pelo mesmo valor de lançamento (US$ 38) desde o início de sua operação na bolsa.

A empresa, porém, se reergueu e as ações, hoje, chegam a níveis recordes. “É a maior história de crescimento no setor de internet americano”, afirmam analistas do CitiBank.

O Facebook encontrou uma maneira para se recuperar, e passou a lucrar com publicidade, de onde tira a maior parte de sua renda (como todo serviço gratuito de internet), focando nas pequenas telas do smartfones.

A receita da empresa acabou explodindo no ano passado, ultrapassando o site de buscas Yahoo! e ocupando o segundo lugar no mercado mundial de publicidade online, com 5,7% do mercado, de acordo com a eMarketer. Mesmo assim, o Facebook permanece longe do primeiro colocado, o Google (com 32,4% do mercado), mas seu crescimento é três vezes mais rápido e se multiplica com a oferta de novos produtos, como o lançamento das primeiras publicidades em vídeo.

Um estudo recente da iStrategyLabs estimou que em três anos a quantidade de usuários americanos entre 13 e 17 anos de idade do Facebook diminuiu em 3 milhões (-25%), enquanto os de mais de 55 anos aumentou em 12,5 milhões (+80%).

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Além do sucesso como rede social na internet e fenômeno da cultura pop, o Facebook inspirou um filme de sucesso, A Rede Social.

The Social Network (conhecido no Brasil como A Rede Social) é um filme americano de 2010, sobre a fundação da rede social Facebook e seus desdobramentos. O filme foi dirigido por David Fincher, com um elenco composto por Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Armie Hammer, Max Minghella, Josh Pence, Brenda Song, Joseph Mazzello, Rashida Jones e Rooney Mara.

O roteiro de Aaron Sorkin adapta o livro de não-ficção The Accidental Billionaires, escrito por Ben Mezrich. Nenhum funcionário Facebook, ou seu fundador Mark Zuckerberg, se envolveu na produção do filme, embora Eduardo Saverin tenha sido um consultor para o livro de Mezrich.

The Social Network foi aclamado pela crítica mundial, com os críticos aplaudindo sua edição, atuação, trilha sonora, direção e roteiro. O filme apareceu em 78 listas de melhores filmes do ano; 22 como número um. Recebeu oito indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme (Dana Brunetti, Ceán Chaffin, Michael De Luca e Scott Rudin), Melhor Diretor (David Fincher) e Melhor Ator (Jesse Eisenberg), vencendo nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado (Aaron Sorkin), Melhor Edição (Kirk Baxter e Angus Wall) e Melhor Trilha Sonora Original (Trent Reznor e Atticus Ross). Também venceu quatro Golden Globes, para Melhor Filme – Drama, Melhor Diretor (David Fincher), Melhor Roteiro (Aaron Sorkin) e Melhor Trilha Sonora (Trent Reznor e Atticus Ross).

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