Como as sessões e salas vão se adaptar para a reabertura dos cinemas

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Se a reabertura não for executada de maneira correta, pode agravar o problema, com arrecadação menor que os custos investidos

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Para organizar a reabertura e amparar pequenos e médios exibidores, mais de 200 empresas de produção, distribuição e exibição de cinema no Brasil, como Globo Filmes, Cinemark e Disney, se uniram para criar o movimento Juntos pelo cinema. A ideia é padronizar os protocolos sanitários. Representantes do movimento também negociam os protocolos de reabertura com secretarias de cultura municipais e estaduais.

Entre as principais mudanças, estão programadas:

Intervalo maior entre as sessões para que haja higienização de todas as poltronas;

Redução da capacidade das salas. Serão vendidos apenas ingressos para uma quantidade reduzida de poltronas, com um metro de distância uma da outra.

Lanterninhas ficarão nas salas para impedir que as pessoas desrespeitem o lugar marcado no ingresso;

Promoções de ingressos para aumentar a frequência;

Uso obrigatório de máscara para funcionários e para o público;

Medição diária da temperatura dos funcionários

Aumento das equipes de limpeza.

Há ainda o problema ligado ao calendário de lançamentos mundiais. Sem filmes novos, ficará difícil atrair espectadores, diz o presidente do Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas no Estado de São Paulo, Paulo Celso Lui.

A estratégia para driblar a falta de lançamento é apostar em filmes clássicos, como já acontece nos cines drive-in, e oferecer promoções de ingressos.

Para sobreviver, os exibidores têm recorrido às mais diversas alternativas: Lançamento e vendas de filmes em DVD, venda de pipoca por delivery, parcerias com plataformas de streaming para disponibilização de catálogo e abertura de cinemas drive-in.

Mas de acordo com Patricia Cotta, uma das líderes do movimento Juntos pelo cinema, “a maioria está realmente sem renda”.

Quando os cinemas vão reabrir?

Ainda não há datas definidas para a reabertura, mas alguns estados já sinalizaram em qual fase do plano de retomada os cinemas vão entrar.

Diferentes governos estaduais e municipais e suas equipes dos órgãos de saúde estão em fase final na construção dos protocolos. Agora falta aguardar a formalização oficial desses protocolos, para divulgá-los a todos exibidores.

São Paulo é o estado mais adiantado quanto à reabertura dos cinemas. Segundo o prefeito Bruno Covas, sob orientação dos orgãos responsáveis, o retorno só deve acontecer na fase Verde.

O início de atividades culturais com público sentado será autorizado na fase Verde.

O município de São Paulo, por exemplo, que está na fase amarela desde o dia 29 de junho, se permanecer na mesma etapa, poderá retomar essas atividades no dia 27 de julho”, disse a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do estado.

Atualmente, há oito regiões do sudeste de São Paulo na fase amarela, incluindo a região metropolitana, a Baixada Santista e o litoral.

No Rio de Janeiro, a previsão inicial era que a reabertura ocorresse no começo de agosto, mas, segundo a secretaria de cultura, essa data deverá ser adiada para o meio do mês. De acordo com o plano gradual de reabertura da cidade do Rio, os cinemas entrariam na fase 5 no município. As fases são definidas de acordo com o número de mortes e a taxa de ocupação de leitos por pacientes com Covid-19.

Em Pernambuco, os cinemas poderão ser reabertos apenas na penúltima de suas 11 fases, com 1/3 da capacidade. E apenas na última com 100% da capacidade. Mas ainda não há data prevista para que isso aconteça. No Ceará, a reabertura estava prevista para a fase 4, a última do plano de retomada das atividades.

Mas, na última semana, algumas regiões do estado entraram na fase 4 e, ainda assim, eventos e atividades culturais seguiram proibidos. Segundo o governo, um equipe estadual estuda novos protocolos e prazos para a retomada.

Em alguns estados, não há sequer a previsão de abertura dos cinemas. Em Minas Gerais, por exemplo, os cinemas constam no plano estadual como parte dos “setores excluídos” e só poderão retomar as atividades quando houver controle da pandemia. No Distrito Federal, também não há data prevista.

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