Cinemas de São Paulo deverão oferecer sessões adaptadas para autistas

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Uma boa notícia para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)!B0D6F4B2 FDA0 4B1E 8825 2BEB78D4829B Cinefreak

O Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, sancionou uma lei que garante que os cinemas da cidade ofereçam, pelo menos uma vez ao mês, uma sessão adaptada a crianças e adolescentes com TEA e suas famílias.

Nas sessões, as luzes devem estar levemente acessas, o volume de som reduzido e a circulação dos espectadores pelo interior da sala deve ser liberada, assim como a entrada e a saída durante a exibição do filme.

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Pela lei também não pode haver trailers com publicidade comercial antes do filme.

A lei 17.272/20 foi publicada no dia 15 de janeiro de 2020 no Diário Oficial e entra em vigor no prazo de 90 dias. O estabelecimento que não cumpri-la levará uma advertência e, se repetir, uma multa de R$3 a R$10 mil, até a interdição do local.

Esse tipo de exibição adaptada aos pequenos com TEA já acontece em alguns cinemas e teatros do Brasil.

É a Sessão Azul, idealizada pelas psicólogas Carolina Salviano de Figueiredo e Bruna Manta e pelo gerente de projetos Leonardo Bittencourt Cardoso.

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A Sessão Azul é uma sessão de cinema com som mais baixo, luz acesa, onde é permitido entrar e sair quando quiser, dar um passeio pela sala, conversar e sorrir.

Foi criada com a proposta de realizar sessões de cinema e outros passeios adaptados para crianças com distúrbios sensoriais e suas famílias. E o mais interessante é que o objetivo principal é que as sessões funcionem como uma extensão ao trabalho terapêutico realizado com a criança e aumentem o engajamento dos pais no processo de tratamento.

Como funciona?

Durante toda a exibição do filme, a sala de cinema fica com as luzes acesas, o som fica mais baixo e a plateia pode andar, dançar, gritar ou cantar à vontade. Não são exibidos trailers comerciais, a menos que já façam parte do filme. Profissionais devidamente capacitados  acompanham e orientam as famílias. O objetivo é auxiliar as crianças na adaptação ao ambiente e orientar os pais sobre como lidar com as dificuldades de adaptação do pequeno ao novo espaço. Os pais ou responsáveis podem fazer o download do material de “Rotina do Cinema” para antecipar os passos para a criança.

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Mas como surgiu a Sessão Azul?

Após anos escutando, observando e vivenciando experiências de famílias de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), os idealizadores Carolina Salviano de Figueiredo (Psicóloga), Bruna Manta (Psicóloga) e Leonardo Bittencourt Cardoso (Gerente de Projetos) identificaram vários casos em que familiares deixavam de ter um maior convívio social por receio ou, em algumas circunstâncias, até mesmo receio da reação do autista em situações que para ele talvez não sejam tão confortáveis.

Algumas delas, como ir ao shopping, restaurantes, festas ou ao cinema, aparentemente tranquilas para quem não sofre de TEA, podem ser bastante incômodas para os autistas.  Com isso, eles buscaram opções de lazer para essas famílias e identificaram que no Brasil existem pouquíssimas alternativas de entretenimentos voltados para os envolvidos com TEA. Diante disso, tomando por base a mesma iniciativa do CineMaterna, decidiram fundar a organização de sessões de cinema especialmente voltadas para pessoas com TEA e seus familiares, em um ambiente customizado que torna muito mais confortável a experiência de ir ao cinema.

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