O protesto contra prisões em manifestações no Rio, na noite de 25/09/2013, foi marcado por novas detenções e pelo diálogo com um promotor, que antecipou a ativistas o pedido do fim da Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo (Ceiv), confirmado pelo Ministério Público (MP) à noite.
Mais de dez pessoas foram detidas por esconder o rosto, ação que é considerada ilegal em manifestações públicas. Dentre todas as prisões, capturaram o “Batman”.
Eron Moraes Melo, que estava fantasiado de Batman e foi levado à delegacia após se recusar a tirar o disfarce. Às 20h30, ele voltou à manifestação, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), sem a máscara, mas voltou a colocá-la, até a manifestação ser dispersada, por volta das 21h.
“Eu sabia que poderia ser detido. Fiz isso conscientemente. Expliquei na delegacia que é um protesto contra essa lei abusiva que proíbe o uso das máscaras. Ela tem que ser derrubada”, declarou o Batman à imprensa.
Segundo Eron, os policiais o levaram a delegacia, sem violência. Ele fez um registro de ocorrência e se comprometeu a voltar para prestar esclarecimentos. Antes, ao ser levado para o camburão da PM, ele havia dito não ser contra a instituição Polícia Militar, mas sim contra “um ditador chamado Sérgio Cabral”.