Ainda Estou Aqui, vencedor do Oscar2025, é destaque no 16º Festival de Cinema Brasileiro na Rússia

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Edição de um dos mais tradicionais festivais de cinema brasileiro no exterior começa dia 13 em  Nizhny Novgorod; Moscou, São Petersburgo e Kaliningrado também sediam a mostra até o dia 7 de dezembro 8b39e893 a6dc 400e 92d4 f0f9e11776b3 Cinefreak

Um dos mais aguardados festivais de cinema brasileiro no exterior chega este ano à 16ª edição na Rússia para celebrar o grande momento da produção do país em 2025. As cidades de Nizhny Novgorod (13 a 16 de novembro), Kaliningrado (20 a 23 de novembro) São Petersburgo (27 a 30 de novembro) e Moscou (2 a 7 de dezembro) recebem o festival com seis longas-metragens contemporâneos. O grande destaque é o vencedor do Oscar de 2025 de Melhor Filme Internacional, Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que será exibido nas aberturas de Moscou e São Petersburgo.

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O festival é uma realização da Linhas Produções Culturais com o apoio da Embaixada do Brasil em Moscou, patrocínio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX)e apoio da PhosAgro Fertilizantes. Desde sua primeira edição, em 2008, mais de 50 mil pessoas lotaram salas de cinema na Rússia para receber o melhor do cinema brasileiro contemporâneo. Este ano é a segunda vez consecutiva que o festival é realizado nacionalmente em 4 das maiores cidades do país, prova de sua consolidação como um dos principais eventos ligados à cultura brasileira na Rússia.

Ainda Estou Aqui é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva. Na trama, ambientada nos anos 70, em plena ditadura militar, uma mulher casada com um importante político precisa reinventar sua vida e a de seus filhos após o desaparecimento do marido.

Outro destaque da mostra é o documentário Milton Bituca Nascimento, de Flávia Moraes, que parte da turnê de despedida de um dos maiores compositores e intérpretes da sica Popular Brasileira para entender a complexidade simples de sua obra e os mistérios que ele carrega para refletir sobre a alma brasileira.
O filme mostra a dimensão mundial de Milton, capta a comoção que ele provoca nos fãs, explora a for
te carga espiritual de sua obra e investiga as origens de sua musicalidade nas entranhas de um Brasil profundo.

Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes, é uma ficção baseada na obra homônima do escritor Milton Hatoum. Em 1949, o Líbano enfrenta os perigos de uma guerra iminente. Dois irmãos católicos, Emilie e Emir, embarcam em uma viagem para Manaus, no coração da Amazônia. Durante a viagem, Emilie se apaixona por um comerciante muçulmano, Omar. Emir sofre de um ciúme incontrolável da irmã e usará suas diferenças religiosas para separá-los. O longa é um filme sobre memória, paixão e preconceito que revela a saga dos imigrantes libaneses na floresta amazônica brasileira.

Outro destaque do festival é o filme Pasárgada, de Dira Paes, sobre uma bióloga especializada em ornitología, interpretada pela própria atriz. Solitária em seus 50 anos, ela trabalha em um projeto de pesquisa no meio da floresta da Mata Atlântica. Praticamente isolada, ela redescobre sua ancestralidade tropical após conhecer um jovem guia que fala a língua dos pássaros e traz à tona seus dilemas como mulher, mãe e profissional.

Para os amantes do samba, o festival traz o documentário Mangueira em Dois Tempos, de Ana Maria Magalhães. A Mangueira é uma das maiores vencedoras do desfile da escolas de Samba do Rio de Janeiro. Após 30 anos, o documentário visita as crianças que foram retratadas no vídeo “Mangueira do amanhã”.  Suas histórias revelam as circunstâncias brutais da vida dos moradores das favelas do Rio de Janeiro, mas também seus surpreendentes destinos.

Completa o festival o filme Querido Mundo, de Miguel Falabella. A queda de uma ponte numa noite de tempestade une os mundos de Elsa e Oswaldo, que acabam por se encontrar no Rio de Janeiro às vésperas do Ano Novo, nos escombros de um prédio abandonado por seus construtores.

Para o embaixador do Brasil em Moscou, Sérgio Rodrigues dos Santos, o público russo tem demonstrado uma admiração genuína pela criatividade, sensibilidade e diversidade que caracterizam o cinema e as artes do Brasil. Essa troca cultural reforça os laços de amizade entre nossos países e celebra o poder universal da arte cinematográfica. Neste ano, o sucesso de produções premiadas em importantes festivais internacionais confirma a força e a maturidade de nossa indústria audiovisual”, afirma.

Fernanda Bulhões, diretora da Linhas Produções Culturais, afirma que 2025 é um ano que vai ficar marcado na história do cinema brasileiro. “Vivemos um momento ímpar com a conquista do primeiro Oscar do Brasil com Ainda Estou Aqui. Mas este ano também celebramos conquistas em Berlim, Cannes e em diversos outros lugares ao redor do mundo. É sempre um prazer imenso voltar à Rússia para levar nosso cinema a um público tão apaixonado. Neste 2025 o prazer será ainda maior com tantas obras relevantes”, ressalta.

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