O quadrinista Neal Adams, conhecido por seu trabalho com o Batman nos anos 1970, morreu aos 80 anos por complicações da sepse. A informação foi confirmada pela esposa de Adams, Marilyn
Adams começou sua carreira nos anos 1960, na DC, com o personagem Deadman, passou pela Marvel com histórias dos X-Men e dos Vingadores, mas retornou para a DC, aonde assumiu o título do Batman ao lado do roteirista Dennis O’Neill.
Os dois desvincularam o Homem-Morcego da imagem cômica da série de TV de 1966 e dos quadrinhos voltados para o público infantil. Vilões como Ra’s Al Ghoul e Talia Al Ghoul, além do Man-Bat, foram criados nessa época.
Adams e O’Neill também tem o credito de estabelecer o mito do Coringa como o arquiinimigo do Batman, removendo o apelo cômico do vilão para retratá-lo com a personalidade desvairada que ficou marcada na cultura pop.
Durante seu tempo na DC, ele também escreveu para títulos como Arqueiro Verde e Lanterna Verde, neste último ajudando a criar o personagem John Stewart, um dos primeiros heróis negros da editora.
Ainda nos anos 1970, durante o auge de sua popularidade, Adams surpreendeu a indústria dos quadrinhos ao romper com as grandes editoras para formar o seu próprio selo, Continuity Studios. Pelas décadas seguintes, agiu como mentor de artistas independentes – alguns, como Frank Miller e Bill Sienkiewicz, se tornariam nomes importantes na indústria.
Adams também foi um defensor ferrenho do direito dos artistas, realizando campanhas por melhores condições de trabalho e batendo de frente com as grandes editoras por contratos que não garantiam compensação justa pelo trabalho criativo.
Neal Adams deixa a esposa de mais de 45 anos, Marilyn, cinco filhos, seis netos e um bisneto.