A cineasta Suzana Amaral morreu no final da tarde desta quinta-feira, 25/06/2020, no Hospital Sírio-Libanês, no Centro de São Paulo
Há registros na imprensa do nascimento de Suzana em 1928 e 1932, mas ela dizia em entrevistas que não gostava de falar qual era sua idade.
O Hospital informou que não tem autorização da família para falar a causa da morte. Segundo o hospital, ano passado, ela teve um AVC e ficou com a saúde fragilizada.
Suzana Amaral dirigiu três longas de ficção durante mais de 35 anos de carreira, e com eles teve uma presença marcante no cinema brasileiro.
Todos os filmes foram adaptações de obras literárias. A estreia foi em “A hora da estrela”, de 1985, baseado no texto original com mesmo nome de Clarice Lispector.
“A hora da estrela” foi consagrado no festival de Berlim, e levou dois prêmios paralelos de direção (o OCIC e o C.I.C.A.E. Award), um Urso de Prata de melhor atriz para Marcelia Cartaxo e uma indicação ao Urso de Ouro para Suzana.
Em 2001, ela lançou o filme “Uma vida em segredo”, baseado na obra homônima de Autran Dourado.
Ela também dirigiu diversos documentários e programas para a TV Cultura. Em 2009 saiu “Hotel Atlântico”, com roteiro adaptado de um romance de João Gilberto Noll, estrelado por Júlio Andrade.
Os dois filmes mais recentes renderam diversos prêmios nacionais, como o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e no Festival do Rio, e estrangeiros, como nos festivais de Lima e Cartagena.
Suzana Amaral nasceu em São Paulo e se formou em cinema pela Escola de Comunicação Social e Artes da USP, cursado entre 1968 e 1971. Sua estreia como diretora se deu em 1971 com o curta “Sua majestade piolim” sobre o famoso palhaço e suas ligações com o teatro popular; e com “Semana de 22”, um panorama da Semana de Arte Moderna.