O vice-presidente do Facebook para a América Latina, Diego Dzodan, foi preso em São Paulo, pela Polícia Federal. A prisão foi realizada após mandado expedido pelo juiz Marcel Maia Montalvão, da cidade de Lagarto, em Sergipe.
A decisão do juiz veio depois da empresa não colaborar com investigações da Polícia Federal a respeito de conversas no WhatsApp, aplicativo que pertence ao Facebook, relacionadas a uma envestigação de tráfico de entorpecentes por uma quadrilha local.
De acordo com a assessoria do magistrado, já havia sido proferida uma decisão para que a companhia liberasse dados do aplicativo sobre o caso e também estipulada uma multa. Como os diálogos não foram liberados, ele mandou prender o executivo.
A polícia informou que a prisão é de caráter preventivo e foi realizada na casa de Dzodan, na capital paulista. O executivo será levado nesta manhã para a Superintendência Regional da PF, na Lapa, também em São Paulo.
Este não é o primeiro conflito entre a Justiça brasileira e o Facebook. Em dezembro de 2015, o WhatsApp foi bloqueado em todo o país depois de uma decisão da 1a vara criminal de São Bernardo do Campo (SP), também em decorrência de uma investigação criminal.
Na ocasião, como agora, o WhatsApp não liberou as informações solicitadas com autorização judicial pelas autoridades que investigavam o caso, e o bloqueio foi determinado como represália.
Em fevereiro, um juiz do Piauí também determinou o bloqueio do aplicativo no Brasil para forçar o Facebook a colaborar com investigações da polícia do Estado relacionados a casos de pedofilia.
A decisão acabou sendo derrubada, e o app não chegou a sair do ar.