Vincent Van Gogh terá uma exposição em São Paulo no primeiro semestre do ano, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil)
A mostra será realizada em parceria com o Museu d’Orsay, de Paris, que vai ceder parte do acervo, e contará com obras de outros pós-impressionistas.
A abertura deve ser logo após a mostra sobre Piet Mondrian, que vai até março. A lista das obras que virão ao Brasil ainda não está fechada.
Vincent Willem van Gogh foi um pintor pós-impressionista neerlandês. Sua produção inclui retratos, autorretratos, paisagens e naturezas-mortas de ciprestes, campos de trigo e girassóis.
Desenhava desde a infância, mas deu início às atividades de pintura somente ao fim dos seus anos vinte. Muitos de seus mais conhecidos trabalhos foram finalizados durante os dois últimos anos de vida. Em pouco mais de uma década, produziu mais de 2 100 obras de arte, incluindo 860 telas a óleo e cerca de 1 300 aquarelas, desenhos, esboços e gravuras.
Van Gogh nasceu numa família de classe média alta e passou o início de sua vida adulta a trabalhar para uma firma de negociantes de arte. Viajou por Haia, Londres e Paris, posteriormente indo lecionar em Isleworth e Ramsgate. Profundamente religioso quando mais jovem, aspirava a ser um pastor. A partir de 1879, serviu como missionário numa região de mineração na Bélgica, onde começou a esboçar representações de pessoas da comunidade local. Em 1885, pintou seu primeiro grande trabalho. A paleta por ele empregada à época consistia principalmente em tons terrosos sombrios e não mostrava nenhum sinal da coloração vívida que viria a distinguir suas pinturas posteriores.
Em março de 1886, mudou-se para Paris, onde conheceu os impressionistas franceses. Mais tarde, migrou para o sul daquele país, onde passou a ser influenciado pela forte incidência solar da região, algo que estimulou o desenvolvimento de trabalhos em maior complexidade cromática. Essa mudança veio a criar um estilo único e altamente reconhecível que encontrou auge durante sua estada em Arles, em 1888.
Após tempos sofrendo de ansiedade e com crises de desequilíbrio mental, van Gogh morreu aos 37 anos em decorrência de uma ferida de bala auto-infligida, num ato de suicídio. Até que ponto a saúde mental afetou sua produção figurativa tem sido uma questão amplamente debatida por acadêmicos. Apesar da tendência generalizada de se romantizar sua má condição psíquica, críticos contemporâneos vêem no pós-impressionista um artista profundamente frustrado com a inatividade e a incoerência forjada pela doença. Suas últimas pinturas, contudo, mostram-no ao auge de suas habilidades, completamente sob controle e, de acordo com o crítico de arte Robert Hughes, “ansiando por concisão e graça”. Van Gogh é considerado um dos pioneiros estabelecedores da ligação entre as tendências impressionistas e as aspirações modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XIX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstracionismo. Sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição das suas telas em Paris, em 17 de março de 1901. Com uma vasta obra, o artista é considerado um dos mais importantes da história. Em sua homenagem, foi fundado o Museu Van Gogh, em Amsterdã, dedicado à difusão de seu legado.