Easy Surf é o nome do Guia Prático sobre como configurar interfaces de usuário para facilitar o acesso à internet para pessoas com deficiência intelectual. O projeto foi realizado pela associação suíça Insieme, em parceria com a fundação “Acesso para Todos” e a Escola de serviço Social da Universidade de Ciências Aplicadas e Artes do Noroeste da Suíça e pode ser usado por desenvolvedores de site, designers e editores.
A versão em PDF do guia (em Inglês, Francês, Italiano e Alemão) pode ser ser baixado em www.easysurfing.ch.
O site www.easysurfing.ch complementa a publicação com links úteis.
A acessibilidade da Internet é caracterizada pela flexibilidade da informação e da interação relativa ao respectivo suporte de apresentação. Essa flexibilidade deve permitir a utilização da Internet por pessoas com necessidades especiais, bem como em diferentes ambientes e situações, por meio de vários equipamentos ou navegadores.
A ampliação do acesso a Web e a autonomia que o uso do computador pode proporcionar às pessoas com deficiência na realização de suas tarefas fomentaram várias iniciativas com vistas à acessibilidade da Internet. A definição de padrões para o design de páginas Web representa esforços para torná-la acessível aos cidadãos com deficiência, ao mesmo tempo em que beneficia outros grupos de usuários, em contextos de acesso diversificados.
A expressão acessibilidade Web refere-se a prática inclusiva de fazer websites que possam ser utilizados por todas as pessoas que tenham deficiência ou não. Quando os sites são corretamente concebidos, desenvolvidos e editados, todos os usuários podem ter igual acesso à informação e funcionalidade.
Por exemplo, quando um site é desenvolvido utilizando corretamente as semânticas HTML, acrescentando a descrição textual alternativa equivalente ao conteúdo das imagens e com links nomeados de forma significativa, esta ação ajuda usuários cegos ou com deficiência visual a obterem auxílio com o uso de softwares Leitores de Textos e/ou com hardware específico para transformação do texto em Braille.
Quando o texto e as imagens são grandes e/ou passíveis de ampliação a leitura e compreensão do conteúdo torna-se mais fácil para os usuários com visão deficiente. Quando os links são sublinhados (ou diferenciados de outra maneira) e também coloridos, tem-se a garantia de que usuários daltônicos sejam capazes de diferenciá-los. Quando os links e áreas clicáveis da internet são grandes isso ajuda os usuários que não podem controlar um mouse com precisão.
Quando as páginas da internet são codificadas para os usuários poderem navegar utilizando somente o teclado ou uma única tecla de acesso ajuda os usuários que não pode utilizar um mouse ou até mesmo um teclado padrão. Quando vídeos são legendados ou são disponibilizados com versões em linguagem de sinais, os usuários surdos ou com dificuldade de audição podem entender o vídeo.
Quando são evitados ou tornados opcionais os efeitos de “pisca-pisca” ou efeitos luminosos estroboscópicos os usuários propensos a fotoconvulsões não são colocados em risco. E quando o conteúdo é escrito em linguagem simples e ilustrado com gráficos e animações instrucionais os usuários com dislexia e dificuldades de aprendizagem são capazes de compreender melhor o conteúdo. Quando os sites são corretamente construídos e mantidos, as necessidades de todos esses usuários podem ser acomodadas, sem causar impacto na usabilidade do site para os demais usuários.