Aplicativo Be My Eyes empresta olhos para quem não enxerga

Aplicativo Be My Eyes empresta olhos para quem não enxerga
Pegar emprestada a visão de alguém e poder realizar as tarefas cotidianas com mais facilidade. Já pensou se isso fosse possível? Pois um aplicativo conseguiu reunir voluntários e cegos em todo o mundo exatamente para isso.

 

Com o Be My Eyes (seja meus olhos, em inglês), pessoas com deficiência visual podem checar a validade de um alimento no supermercado ou de um remédio na farmácia. Podem também ter uma ideia melhor de como é o local em que estão.

Em vez de pedir ajuda a alguém na rua, o cego só precisa ter um smartphone com internet e fazer uma videochamada. O pedido de auxílio é então enviado à rede de voluntários e, assim que algum deles aceitar a chamada, a conexão é estabelecida.

O usuário do aplicativo posiciona o celular próximo aos olhos, e o sistema vai transmitir as imagens ao redor. O próximo passo é simples: o voluntário passa a descrever o que vê na tela ao usuário. O sistema cria um banco de dados que indica ao voluntário, por vídeo a localização exata de quem fez a chamada.

Ao fazer o download do aplicativo, os voluntários preenchem um formulário em que informam seus dados e a disponibilidade para serem localizados. Cada vez que o voluntário ajudar alguém, soma pontos. Essa pontuação vai para um ranking, que visa estimular essas ações.

Até hoje, mais de 8.000 voluntários e 5.000 cegos já se cadastraram.

O programa, gratuito, foi criado pelo dinamarquês Hans Jordem Wiberg, que tem deficiência visual desde a infância. Por ora, há apenas versão para iPhone; a de Android está em desenvolvimento.

“Minha esperança é que, ajudando uns aos outros como uma comunidade on-line, o Be My Eyes possa fazer uma grande diferença na vida cotidiana das pessoas cegas em todo o mundo”, diz Hans.

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