9º Festival de Cinema de Santos já tem data confirmada em 2023

 

Santos Film Fest, principal e maior festival de cinema do litoral paulista, acontecerá de 20 a 28 de junho. Entre as novidades, homenagem ao compositor Ennio Morricone, curta-metragem da cineasta Adelia Sampaio e expansão dos locais de exibição.

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O Santos Film Fest – Festival de Cinema de Santos, maior e principal evento do setor no litoral paulista, confirma sua nona edição para o período de 20 a 28 de junho de 2023. Em 2022 foram onze espaços ocupados, entre salas de cinema privadas e públicas, ONGs, creches, praças, escolas, etc. Entre as novidades para a próxima edição, estão sessão na Lagoa do Morro da Nova Cintra, homenagem ao compositor italiano Ennio Morricone (1928-2020), novo filme da cineasta Adelia Sampaio (primeira diretora negra a ter um longa lançado em circuito comercial no Brasil), entre outras surpresas que serão divulgadas nos próximos meses. Também acontecerão as mostras competitivas de curta e longa-metragem (é o primeiro festival a ter instituído mostra competitiva de longas no Estado de São Paulo, fora da capital), produções estrangeiras (primeiro festival do litoral a contar com mostra competitiva de filmes de outros países), exposições, lançamentos de livros, sessões infantis, virada cinematográfica, etc. As inscrições de filmes para as mostras competitivas deverão acontecer a partir de janeiro.

Realizado com sucesso em 2014 e 2015, ainda como Mostra Cine Brasil Cidadania, reunindo filmes de longa-metragem brasileiros contemporâneos inéditos na Baixada Santista, a partir de 2016, com a inclusão de produções estrangeiras e a necessidade de atender à demanda da produção regional e aumentar a programação, passou a se chamar Santos Film Fest – Festival Internacional de Cinema de Santos.

Nestes anos, exibiu cerca de 650 filmes, nacionais e estrangeiros, promoveu mais de 130 atividades formativas gratuitas entre bate-papos, oficinas e masterclasses, além de exposições, lançamentos de livros e apresentações musicais com artistas regionais, envolvendo mais de 500 profissionais das mais diversas áreas culturais.

O festival vem ressaltando a importância da representatividade, com filmes e presenças de artistas negros, LGBTQIA+, mulheres. Com objetivos de ser uma vitrine para a produção audiovisual da Baixada Santista, colocar estes cineastas em contato com cineastas de outras cidades, estados e até países, fortalecer o intercâmbio cultural, preservar a memória cinematográfica, a formação de público para o cinema e a cultura como um todo, o caráter educativo e turístico da cultura, e o acesso público a bens culturais. O Santos Film Fest tem se caracterizado pelo caráter itinerante, levando de maneira pioneira sessões e atividades a áreas em situação de vulnerabilidade social de Santos, escolas públicas, bem como levando crianças de creches e escolas públicas ao Cine Roxy e realizando o Cinema Azul, sessões de filmes com características que atendam a população com autismo.

O SFF é responsável por trazer, ao litoral paulista, os principais nomes do cinema brasileira. Homenageou artistas como os atores Luciano Quirino (santista) e Ondina Clais, que passaram a batizar os troféus de homenagens do festival, as cineastas Eliane Café. Andrea Pasquini, Angela Zoé, Julia Katharine (primeira diretora trans a ter um filme no circuito comercial brasileiro), Adelia Sampaio (primeira cineasta negra brasileira a ter um filme no circuito comercial), o crítico Rubens Ewald Filho, o ator Paulo Betti, os diretores Daniel Rezende, Sergio Rezende e Rodrigo Aragão, do diretor Wagner de Assis, a designer gráfico Márcia Okida (responsável pelo primeiro curso universitário a trabalhar o audiovisual na região), além dos 15 anos do Instituto Querô.

Realizou exposições sobre Sonia Braga, Julie Andrews, Rubens Ewald Filho (com o acervo pessoal do crítico), e voltadas à cultura pop. Em 2021 surgiu a Coleção Santos Film Fest, com livros no formato pocket registrando autobiografias de Adelia Sampaio, Ondina Clais, Rubens Ewald Filho, e as coletâneas de artigos Grandes Interpretações do Cinema Brasileiro, de Waldemar Lopes, e Grandes Curtas: Curtas-Metragens de Grandes Cineastas, de André Azenha. Todos estes livros estão disponíveis em versão e-book para download gratuito no site do festival.

Entre as pré-estreias e exibições hors-concours realizadas pelo evento, destacam-se a pré-estreia de Turma da Mônica Laços, na abertura do festival em 2019, com presença de todo o elenco e do diretor Daniel Rezende, Benzinho, Ferrugem (com presenças dos atores protagonistas), SP: Crônicas de Uma Cidade Real, com o diretor Elder Fraga e elenco, Linha de Frente Brasil, também de Elder, entre outros.

Entre os clássicos, exibiu Fellini Oito e Meio, em cópia restaurada 4K, Dona Flor e Seus Dois Maridos (celebrando 40 anos do lançamento de uma das maiores bilheterias do cinema nacional), Hair, etc.

Tem feito parcerias com consulados do Canadá, França (com a Cinemateca Francesa também), Suécia e distribuidoras como Paris Filmes, Vitrine Filmes, Imagem Filmes, Elo, etc. Nas duas últimas edições recebeu inscrições de filmes de países como Portugal, Colômbia, Costa Rica, Argentina, Uruguai, sendo o primeiro festival do litoral paulista e contar com mostra internacional.

Em todas as edições realizou uma Virada Cinematográfica na Cinemateca de Santos, geralmente de sexta para sábado, iniciando 23h30 e indo até a manhã do dia seguinte, exibindo três filmes em sequência e com café da manhã gratuito para quem fica até o fim.

Em 2018, estabeleceu parceria com cidades criativas da Unesco e teve como um dos temas os 17 objetivos sustentáveis da Agenda 2030 da ONU.

Em 2019, iniciou uma parceria com a Mauricio de Sousa Produções, com um Cantinho da Leitura reunindo mais de 1500 gibis que depois do festival foram doados para creches da região – parceria esta que tem se repetido em sessões natalinas e filantrópicas.

O SFF foi o primeiro festival a realizar e manter uma mostra competitiva de longas, no estado de São Paulo, fora da capital e o primeiro da Baixada Santista a tratar dos 17 objetivos sustentáveis da ONU.

Em 2020 e 2021 foram realizadas 3 edições virtuais, reunindo centenas de produções que foram vistas nos cinco continentes. A primeira de 2021, por sinal, foi voltada só a filmes dirigidos ou produzidos por mulheres, com mais de 70 produções.

Em 2022, homenageou Wagner de Assis, um dos responsáveis pela única vez em que mais da metade das salas de cinema no país estava ocupada por produções brasileiras, em 2010, quando lançou Nosso Lar, e a designer gráfico Márcia Okida, fundadora do primeiro curso universitário a trabalhar a questão do audiovisual na Baixada Santista. Teve ainda sessões ao ar livre em diversos locais, Cinema Azul, palestra com o roteirista Bráulio Mantovani, celebrando os vinte anos de Cidade de Deus. Contou com sessão especial de Flores do Cárcere, sobre a ressocialização de ex-detentas na sociedade, diversas palestras e bate-papos. Teve ainda palestra com a Youtuber Rita Von Hunty, para 400 pessoas no Cine Roxy.

Na parte formativa, de palestras, bate-papos, workshops, o festival contou com cineastas, atores e atrizes, produtores, professores, curadores, críticos de cinema e jornalistas como Adelia Sampaio, Sergio Rezende, Julia Rezende, Paula Barreto, Ferrez, Ismail Xavier, Fabio Rodrigo, Lufe Steffen, Diego da Costa, Elder Fraga, Ondina Clais, Luciano Quirino, Luiz Carlos Merten, Rubens Ewald Filho, Rodrigo Aragão, Waldemar Lopes, Julia Katharine, Jamer Guterrez de Mello, Rogério Ferraraz, Tamiryz Ohana, Sílvio Tendler, Andrea Pasquini, Angela Zoé, Daniel Veiga, Jacque Cortez, Ivan13P, Rodrigo Rema, Wladimyr Cruz, Delson Matos Gomes, Camila Kater, Paola Becca (Stop Motion Our Fest), Barbara Cerro (BIT BANG Fest), Marcos Magalhães (Anima Mundi), Tammy Weiss, Maristela Bizarro, Nágila Guimarães (WIFT Brasil), entre muitos outros.

SANTOS E O CINEMA

A relação da cidade com o cinema nasceu em 1897, com sua primeira exibição cinematográfica, e, a partir daí, os santistas se apaixonaram pelo cinema, chegando a ser a cidade com maior número de salas por habitante do Brasil nos anos 30, a famosa “Cinelândia” – hoje tem 18 salas comerciais e 5 públicas de cinema, além de cineclubes, e cursos de graduação e pós-graduação em audiovisual.

Na Baixada Santista, importantes festivais pavimentaram o caminho, como o Festival de Guarujá, nos anos 70, e o Festival de Cinema Brasileiro de São Vicente, na virada do século. Três profissionais foram fundamentais para que Santos desenvolvesse tal cultura cinematográfica: o francês Maurice Legeard, fundador do Clube de Cinema e depois da Cinemateca de Santos, que promoveu a questão da cinefilia e trouxe filmes de várias partes do mundo até então inéditos na região, o crítico de cinema Rubens Ewald Filho, batalhador da preservação da memória cinematográfica e que levou o nome de Santos ao país, e Toninho Campos, do Cine Roxy, cuja história consiste em apoiar cineastas locais, festivais, receber pré-estreias com presenças de grandes nomes do cinema brasileiro. O Santos Film Fest A partir destes três toda a cultura cinéfila e cinematográfica de Santos cresceu e muitos projetos tem acontecido. O Santos Film Fest é herdeiro dessa cultura e presenteou a Baixada com um festival internacional apresentando longas-metragens e sua maior edição foi em 2018, com mais de 100 filmes – pela primeira vez na região um festival apresentou programação tão extensa.

 

Vídeos das edições anteriores:

2016 – https://youtu.be/X62ku_fYHnY

2017 https://www.youtube.com/watch?v=gPcfpRonyMA&t=21s
2018 https://www.youtube.com/watch?v=AvaYb0BfzDU
2019 https://www.youtube.com/watch?v=Hx42YrBfEZE&t=24s
2020 https://www.youtube.com/watch?v=XCSVMfpJnGA&t=16s
2021 – 1 https://www.youtube.com/watch?v=Ba8AkVPKxao&t=6s
2021 – 2 https://www.youtube.com/watch?v=tKbtsZPU7J4&t=39s

2022 – Fotos: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.503377628462393&type=3

O Santos Film Fest – Festival Internacional de Cinema de Santos é organizado pelo CineZen Cultural, coordenado por André Azenha (fundador do projeto) e Paula Azenha.

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