5 pontos positivos em “Liga da Justiça”

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É de senso comum que o filme da “Liga da Justiça” tinha tudo para deixar os “Vingadores” comendo poeira mas foi um retumbante fracasso. Mesmo tendo conseguido cobrir os seus custos, a equipe dos heróis mais populares do mundo tinha tudo para superar a equipe da Marvel mas não conseguiu e isso é culpa da Warner que, mesmo que involuntariamente, sabotou o próprio filme, com potencial de atingir a casa dos 2 bilhões de dólares em bilheteria, sequer chegou na marca dos modestos 700 milhões. Eu sou um cara que reluta em medir se o filme é bom ou ruim baseado em quanto arrecadou no cinema, um grande exemplo de como essa avaliação é rasa, é o clássico de ficção científica “Blade Runner” de 1982 que nem chegou a cobrir os próprios custos, deu prejuízo para a Warner, boa parte disso porque o próprio estúdio de novo sabotou uma película própria lançando ao longo do tempo, inacreditáveis 10 versões de cortes diferentes do filme. Voltando à “Liga da Justiça”, muitos fãs têm verdadeira ojeriza à película, eu discordo, acho que tem pontos positivos que podem ser tirados dele e ser aproveitado ao longo do DCEU. Na coluna dessa semana, listarei os 5 pontos positivos do filme.

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5 – Interação entre os heróis: Não sei se foi proposital de Zack Snyder na hora de escolher o elenco do DCEU mas uma coisa inegável é a ótima interação que se tem ao longo do filme entre os heróis e boa parte disso se deve ao ótimo relacionamento que os atores tinham atrás das câmeras. As cenas em que estão todos juntos, sobretudo na batcaverna, são algumas das melhores do filme, por exemplo, a discussão entre os membros se devem ou não ressuscitar o Superman com a caixa-materna, termina com Bruce dizendo que se o Superman ressuscitar maligno, ele tem um plano B e Diana diz “se ao despertar, você for a primeira coisa que ele ver, é bom você ter mesmo”.

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4 – Ciborgue: Ray Fisher foi um ótimo achado de Snyder na hora de escolher o elenco. Fisher é carismático, tem boa presença em tela, mesmo só metade do rosto ser ele e o resto do corpo inteiro ser CGI mas eu fiquei com vontade de ver mais daquele personagem, de saber a história dele, de ver um desenvolvimento maior. É um personagem que, nesse filme, mostrou ter poder quase do nível do Superman, por isso queria ver isso em um filme solo. Se é tão poderoso assim mesmo, como foi o acidente de Victor, como ele era antes do acidente. Isso, pra mim, não aconteceu com o Flash de Ezra Miller que me pareceu caricato demais, sobretudo nas cenas escritas por Joss Whedon.

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3 – A primeira invasão de Steppenwolf: Essa é uma das melhores cenas do filme, se não for a melhor. Quando as Amazonas se unem aos Deuses do Olimpo, aos Atlantes, ao povo da terra e aos Lanternas Verdes e eles detêm a primeira invasão de Steppenwolf à Terra, o que abriria espaço para a chegada do poderoso Darkseid. Essa cena é um resquício do corte original de Zack Snyder, já é sabido que essa cena seria maior e teríamos mais da história dela, infelizmente no corte final essa cena ficou muito reduzida e não vimos o que poderia ser a introdução de Darkseid no DCEU.

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2 – Alfred: O Alfred de Jeremy Irons, é, para mim, a melhor versão do mordomo mais famoso dos quadrinhos, por mais que tivemos o mestre Michael Caine na pele do personagem durante a trilogia Nolan, a versão de Irons é mais próxima do que sempre gostei de Alfred nos quadrinhos, sempre preferi as versões em que o mordomo participava das missões com o Batman, mesmo que de dentro da batcaverna. Além da participação mais ativa nas missões, o sarcasmo que Irons imprime ao personagem é formidável, bem como as cenas em que Alfred tenta chamar Bruce à razão.

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1 – Mulher Maravilha: Quanto mais Mulher Maravilha na tela, melhor. A Diana de Gal Gadot é hoje, sem sombra de dúvidas, a cara do DCEU. Gal foi uma das escolhas mais inesperadas e criticadas de Snyder para o elenco em que criticou-se desde o fato dela ter o corpo longilíneo até ao fato dela ter o sovaco depilado (oi?). Bastou chegar “Batman vs Superman” que todas as críticas dissiparam, chegando ao ápice da popularidade no filme solo da personagem. A nossa Diana Prince tem uma presença marcante e imponente, sem perder charme e o carisma fora do comum que Gadot tem. Excetuando-se a cena em que o Flash cai em cima dos seios da Mulher Maravilha (ideia da cabeça de Whedon e reciclada de “Vingadores 2: Era de Ultron”), todas as cenas da amazona mais querida do mundo são dignas de atenção, sobretudo quando ela enfrenta  Steppenwolf no mano a mano.

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Muitos fãs têm verdadeira aversão ao filme da “Liga da Justiça”, sinceramente, eu não acho ele e nem bom e nem ruim, sabe aquelas séries que cada temporada tem 24 episódios e cerca de 5 a 6 deles estão ali meramente para esticar a história até os dois últimos episódios? Pois é, foi essa a impressão que eu tive do filme da Liga, parece um desses episódios para encher chouriça. Muito disso se deve aos cortes abruptos das cenas e o andamento acelerado, fazendo com que a história seja rasa e descartável. Unindo a isso, temos um vilão absolutamente genérico, escolhas pra lá de questionáveis de Joss Whedon na hora de escrever novas cenas do filme e um CGI beirando o amadorismo. Mesmo assim, pra mim, é um filme que teve pontos positivos como esses que eu citei acima.

Texto do colunista Illo Schaun, nerd, legender nas horas vagas, roqueiro, leitor voraz de HQ e livros, viciado em filmes e séries, sonha em ser o Batman e coleciona diversas versões de batmóveis.
Twitter: @illods

 

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